Ficha de Leitura
Nome das autoras: Joviane Marcondelli Dias Maia e Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Título: Temas em Psicologia
Editor Responsável: Gerson Yukio Tomanari (USP)
Local e data: Salvador, 2006.
Informações sobre as autoras: Joviane Marcondelli Dias Maia é psicóloga doutoranda em Educação especial pela universidade Federal de São Carlos. Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams é psicóloga doutorada em psicologia pela USP, professora titular no curso de psicologia e no programa de pós graduação em educação especial e coordenadora do LAPREV (Laboratório de análises e prevenção da violência) na Universidade Federal de São Carlos.
Resumo: Ao analisar a literacia sobre os factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil deparo-me com várias situações do foro biológico, social, familiar e do meio envolvente.
As crianças quando vitimas de maus tratos (factores de risco) podem apresentar resultados indesejáveis. O seu comportamento pode afectar a saúde o bem-estar e desempenho social da criança adolescente e tem maior probabilidades de apresentar distúrbios no desenvolvimento e desordem emocional.
Existe uma ligação inata entre um estímulo – a frustração – e o comportamento de agressão, e assim apresentam atraso no seu desenvolvimento, comparadas com outras crianças que não sofreram efeitos de tais variáveis.
Ao abordarmos as teorias explicativas da agressão referimos a frustração, que sendo geradora de cólera, pode desencadear comportamentos agressivos.
Outros autores consideram que mais do que a frustração são as provocações, os insultos e as humilhações, afectando a auto-estima, motivam condutas agressivas.
As crianças mal tratadas, abusadas ou negligenciadas manifestam problemas a nível da cognição, linguagem, desempenho académico e sócio emocional são estes alguns dos factos de risco.
A violência pode ser doméstica, física, psicológica ou agressão emocional, negligência.
Quanto a violência doméstica, segundo alguns autores, é o resultado de agressão física ao companheiro ou companheira. Para outros autores o envolvimento de crianças também caracterizaria a Violência Doméstica é muito mau os filhos presenciaram o acto. Segundo Sinclair (1985) “a observação da violência doméstica afecta a interfere no desenvolvimento físico e mental das crianças” outros afirmam que afectam o rendimento escolar e que os levam a enveredarem pelo caminho do uso de álcool e/ou drogas etc.
Violência física é o uso da força com o objectivo de ferir. São comuns murros espancamentos, agressões com diversos objectos e queimaduras por objectos ou líquidos quentes. As crianças expostas a este tipo de tratamento apresentam uma maior probabilidade de cometerem crimes violentos e na fase adulta vivem nas ruas sem protecção de ninguém tornando-se marginais e perigosos. Os bebem são os que sofrem mais sofrem em silêncio porque não falam.
Violência psicológica ou Agressão Emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida. Esta violência é a mais difícil de ser identificada. As crianças expostas a ameaças, humilhações ou privação emocional sentem-se, desvalorizadas baixa auto-estima e por vezes leva ao suicídio.
A negligência também é considerada uma violência uma vez que priva a criança de ter um desenvolvimento sadio. Por vezes mal nutridos, falta de vestuário adequado, segurança e oportunidade de estudo, conduzindo a um atraso global.
Por fim a violência sexual - o abuso sexual é qualquer actividade iniciada por uma pessoa que não obtém o consentimento de outra. Este tem efeitos terríveis, usam as crianças ou adolescentes com a finalidade de obterem prazer sexual marcando-as para toda a vida apresentando problemas de comportamento sexualizado, ansiedade, depressão etc. por vezes são levadas para a prostituição para fins económicos.
Citações:
Bee (1995) “ a família pode ser destacada como responsável pelo processo de socialização da criança”
(Reppold e tal., 2002) “ práticas efectivas, um bom relacionamento familiar, a existência de vínculo efectivo, o apoio e monitoramento parental são indicativos de factores protectores”
Comentário:
Esta revista é interessante pois mostra que a vida das crianças não é fácil quando estes passam por uma realidade cruel. Quando são vítimas de maus tratos e tudo se reflecte no seu desenvolvimento. São os primeiros anos de vida que determinam a sua personalidade. Todo o processo maturativo do adolescente está intimamente relacionado com as situações sócio-educativas que lhe são transmitidas.
Uma das formas de controlar a agressividade hostil é tomar medidas sociais que possam reduzir o álcool o stress a violência dos média.
É necessário que os profissionais que actuam junto à infância e adolescência, tomem contam destes casos e que denunciem. A destacar os professores, médicos, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais entre outros.
Bibliografia:
Factores de risco e factores de protecção ao desenvolvimento infantil: revisão da área: temas em psicologia, 13(2),91-103
MONTEIRO Manuela, Matos, FERREIRA Pedro Tavares, 1ª parte, psicologia B 12º ano – Porto Editora
Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem – Porto Editora (Página 43-82)
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